BES - Banco Estupidamente Sarcástico
Julgando eu já ter visto um pouco de tudo, hoje recebo uma carta no mínimo estranha e vá, não querendo ser mal educado, estúpida.
Recebo a carta do BES e preparo-me para a abrir, tomando as devidas precauções (Visto uma roupa suja, coloco o avental de cozinha, uma touca de banho, os óculos de ver ao perto da minha mãe, o capacete das obras do meu irmão, as botas de biqueira de aço do meu pai, as luvas de borracha da minha avó e a tesoura de poda do meu avô, isolando todas as paredes da sala e janelas com papel de jornal) e quando tudo parecia seguro para poder abrir a carta, reparo que afinal não havia carta.
O envelope estava tão bem selado, que pela saliva a secretária que fez o favor de brincar comigo deve ter uns 85 anos de casa.
Ainda procurei em todos os cantos internos à procura de ANTRAX ou alguns micróbios perdidos, porque ainda pensei apanhar a gripe suína e aí sim, teria percebido a piada.
O mais irónico, é a mensagem que vem no interior do envelope, em letras maiúsculas e legíveis até para um cego. Passo a citar: "OBRIGADO PELO SEU PAPEL. BES PELO AMBIENTE!".
Agora meus dromedários de duas patas, inúteis e insignificantes neste planeta, se por alguma razão ficar sem água em casa, deslocar-me à praia e apanhar um escaldão, se nevar outra vez em Ermesinde ou se o gelo derreter no Polo Sul e por isso não puderem fazer a trilogia do filme ICE AGE, eu retiro a carga de uma caneta bic, faço bolinhas de papel escupido e vou para a porta de uma filial vossa soprar bolinhas de escupe a todos os empregados que sairem por aquela porta!
Pensem 2x antes de pensarem no ambiente!!!
quinta-feira, 30 de abril de 2009
BES
Por Limão às 03:22 1 comentários
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Que sa foda!
Isaltino Morais, homem de uma família nobre e à noite transformista numa boate pobre.
Como tudo começou?
Tino Morais era um puteiro de primeira. Todo o ordenado que ganhava, gastava em pagar copos às putas. Nunca tinha relações, apenas gostava de se sentar, pagar garrafas de champagne no valor de 75€ e falar que o seu trabalho era uma merda.
Era picheleiro e passava todo o dia a esfregar e a consertar tubos. Por vezes lá tinha que desentupir umas retretes e aí sim, era um dia em cheio para o Tino.
Certa vez, deparou-se com o último grito das sanitas, nunca visto em lado algum, era o modelo Caganix 1924 da Valadares, uma sanita feita em acrílico e polida com cotonete, que tinha um esguicho incorporado para limpar o rabiote.
Tino recebeu a chamada do seu cliente, tendo sido indicado que o esguicho não funcionava. Tino pegou na sua key (chave inglesa), calçou as luvas de borracha e foi lavar a loiça. Só depois é que se dirigiu ao local.
Ao deparar-se com a modelo Caganix 1924 da Valadares, Tino exclamou: TOU FUDIDO!
Mas na realidade, ainda não estava.
Observou, apreciou, atentou, admirou, proclamou e sem perceber um piaçaba daquela merda, resolveu chamar a sua equipe técnica. Percorridos 30min, estavam num WC com 4m x 2m de largura, 30 homens à volta da Caganix sem conseguir resolver a situação. Como a sanita nunca tinha sido usada e como Tino tinha comido umas punhetas de bacalhau com feijão fradinho ao almoço (Tino como era flácido na zona nadegueira), não conseguiu suster a respiração do seu ânus e lá teve que se sentar e dar uso à sanita.
Bateu o record do "tira a calça e a cueca mais rápido" em 1,2 segundos, batendo o anterior record de Sócrates, que mais merda faz sem tirar as calças e rodeado por 29 homens, sem qualquer preconceito mas com uma vontade enorme de cagar, lá começou muito tímido por soltar uma bufa mas depois de dizer "Que sa foda!", soltou tudo cá pra fora.
Depois de desabafar e deitar tudo cá pra fora, viu que não tinha papel higiénico e então disse: "Tou fudido!". Mas na realidade, ainda não estava.
Sem saber o que fazer, diz novamente: "Que sa foda!" e quando se vai a levantar para subir as calças, um jacto de água que parecia a tromba de um elefante a deitar água, assim como um tsunami, também limpou tudo o que lhe apareceu à frente!
Agora sim, Tino Morais acabara de perder a virgindade e estava literalmente fudido.
Angustiado e com um andar novo, depois do trabalho, sem quebrar o ritual, foi para a boate. Mas como estava tão constrangido com a situação, resolveu vingar-se e em vez de pagar uma garrafa de champagne, decidiu ter relações com a primeira que lhe apareceu.
Chamava-se Salette.
Mulher simples, bem vestida mas não tão bem despida, tinha uma cara tão feia, que quando ia à missa, Cristo pregado na cruz, virava sempre a cara para o lado.
Ainda com a cabeça no trabalho, Tino esquece-se de colocar a camisa nas costas da cadeira e o preservativo no cabide de que tanto se orgulhava.
9 meses depois, estava Salette na maternidade de pernas abertas aos berros e os médicos aos berros por ver a cara da Salette.
Mal saiu o bebé, todos exclamaram: "IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIshhh!!! É a cara da mãe!"
Daí nasceu Isaltino Morais. "I" porque todos exclamaram, "Sal" porque era o diminutivo da mãe e "Tino" porque era o nome do pai e ele também não pode escolher o seu nome.
No mesmo ano que Isaltino completou 18 anos, Salette, sua mãe, falece durante uma dança do varão para uma plateia de nenhum espectador. Subitamente sofreu um AVCD, um ataque cardíaco, paragem do coração (tenho ideia que o coração conseguiu ver-lhe a cara), Hepatite prolongada, cancro na cara, osteoporose na cana do nariz, tuberculose nos olhos, escrobuto, sífilis nos lábios e apenas dois dentes, pois uma vez sorriu ao espelho, os dentes viram a cara e fugiram quase todos.
Deparado com esta situação constrangedora, Isaltino decide tirar o saco plástico, deixa os estudos (só estudava livros com páginas em branco, porque as letras fugiam todas) e decide honrar a sua mãe, seguindo os passos dela e a dançar no varão todas as 2as feiras à noite, quando a boate estava fechada!
Por Limão às 02:59 1 comentários
Minha interpretação dos sinais de trânsito
Há quem me chame de Fangio, outros de picão, mas prefiro que me tratem mesmo por Stevie Wonder, pois quando ando na estrada, não vejo aos sinais de trânsito.
Como não sou o único, vou aqui e em directo (ao vivo se quiserem), criar uma nova interpretação dos sinais de trânsito, de forma a obrigar os "fora da lei" a olhar, mesmo que não respeitem, para os mesmos.
Proibido atirar boomerangs. Pode ser um pau e depois não volta!
Proibido coçar a gaita!
Se Tiveres Oportunidade Passa!
Usa tampões. Com os pensos o período espalha-se pela cueca!
Depois de comer, cruza os talheres!
Faltam-te 4 queijos para ganhares o trivial pursuit.
Proibido comer velhotas com mais de 80 anos.
És um boi!
És um veado!
Cuidado com a traseira. Há bichas por todo o lado!
Foste mijar? Verifica se tens a cancela aberta! Se não foste, cancela a mensagem deste sinal.
Esta é a cruz que me faltava para ganhar o jogo do galo!
SILÊNCIO! O coveiro está a trabalhar!
Se vires este sinal, provavelmente estás com o teu carro numa linha de comboio.
Local normalmente frequentado por pedófilos. Não venha sozinho, traga os seus filhos!
Faz esse! Se não parares e não enrolares um, sujeitas-te a uma coima de 500 a 1250€. Se por ventura fumares demais, sujeitas-te a uma coma de 500 a 1250 dias.
PERIGO! Caminho normalmente usado por mulheres!
Perigo, mulher grávida, preta, deitada na estrada. Obrigatório carregar no acelerador até ao fundo.
Chegaste tarde. Já alguém passou por cima da mulher.
Por Limão às 01:33 2 comentários
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Violência na noite do Porto
Não é mentira, não é boato, não são balelas nem muito menos "peanuts". Estou de volta com mais inspiração do que nunca!
Há meia dúzia de dois anos e meio para cá, como é sabido, a violência nas discotecas do Porto, ao contrário dos penís dos homens que sofrem de impotência, têm vindo a aumentar.
Ele é tiros, ele é naifadas com navalhas e navalhadas com naifas de acertar as patilhas no cabeleireiro, ele é bixas que se envolvem em rixas, ele é socos nas trombas e trombadas nos cocos, ele é todo e variada série de possibilidades imaginárias e algumas que não passam pela cabeça de ninguém de curtir a noite.
Neste último sábado, voltou a acontecer na Zona Industrial do Porto (se quiserem saber o nome da discoteca, perguntem-me de uma forma sublime).
Não vou apelar para acabarem com a violência, mas como eu tenho olho para o negócio, vejo que há neste momento um nicho de mercado que está à espera de ser satisfeito.
Aos investidores:
Procuro investidores dispostos a triplicar o investimento em 2 meses.
Negócio:
Criar uma casa nocturna com 3 pistas de dança. A primeira para sóbrios, a segunda para meios sóbrios ou meios bêbados e a terceira para os "vouuu birlar o buarcooooooooohhhh". Esta última sala teria um ringue de boxe, sacos de boxe e sacos para os vómitos, assim como uma cabine telefónica com apenas 3 teclas (112).
- Dizem vocês: "112 são só duas teclas!"
- Ao qual eu respondo: "Eu sei! Enganei-me! Mas o backspace não está a funcionar!!!"
Esta sala incluía ainda uma mesa redonda, em que os mais corajosos seriam amarrados à cadeira e teriam armas com apenas uma bala à disposição! Mesa com lotação para 24 pessoas.
À saída, inclui um guichet com torniquet e pavimento lamparquet porque é mais resistente que o parquet, decorado com bouquet de flores e quadros de Monet que quando era vivo conduzia um cabriolet e tinha casa em Lloret, com um funcionário da segurança social a vender senhas para a carreira 105 que passa no hospital S. João, porque duvido que a cabine do "112" vá durar muito tempo.
Caso não funcione, e com vista (ou XP) a acabar com a violência na noite, a solução será mesmo abrir as discotecas durante o dia!
Por Limão às 06:20 1 comentários